sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Acção de protesto em Lisboa na próxima 3ª feira, dia 1 de Março

Não podemos ficar calados perante os graves problemas que enfrentamos para assegurar diariamente as Actividades de Enriquecimento Curricular. Têm-se multiplicado as situações de incumprimento: falsos recibos verdes, valores de remuneração abaixo dos previstos na lei, salários em atraso, despedimentos ilegais e arbitrários, cumprimento de horas não remuneradas, obrigação de executar tarefas fora das nossas competências, ausência de condições físicas e de materiais para as actividades, etc.

Além do total desrespeito pelos nossos direitos laborais, a forma como estão a ser implementadas as AECs prejudica as crianças e a Escola pública. Por isso, os Professores das AECs da Grande Lisboa vão realizar uma acção de protesto na próxima 3ª feira, dia 1 de Março. Estaremos, a partir das 8h30, na Escola EB1 nº6 Santo Contestável, em Campo de Ourique, a contactar com a comunidade escolar para alertar para o agravemento da situação nas AECs. Queremos denunciar a generalização das situações de incumprimento, que vêm ocorrendo também na EB1 nº6 Santo Contestável, onde ocorreram despedimentos ilegais e sem justificação. Com esta acção pretendemos sensibilizar pais, professores, técnicos e toda a comunidade escolar, porque sabemos que é preciso uma mobilização conjunta em nome dos nossos direitos, do interesse das crianças e da Escola pública.

Convidamos-te a participar nesta acção de protesto e contacto com a comunidade escolar. Dia 1 de Março, 3ª feira, às 8h30 em frente à Escola EB1 nº 6 Santo Contestável (Rua Pereira e Sousa, 60 - Campo de Ourique, Lisboa).

Os profissionais das AECs exigem respeito: pelos seus direitos, pelas crianças e pela Escola pública.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Testemunho: mais irregularidades em Lisboa

Aqui fica mais um testemunho, de um colega que assegura as AECs numa escola da zona de Campo de Ourique, em Lisboa. Pede-nos anonimato e fala-nos de algumas irregularidades (salários em atraso, felizmente já regularizados, falta de material e de condições para as actividades, etc). Mas denuncia também como a implementação das AECs é um desastre e uma irresponsabilidade,  num esquema que está desenhado para que aceitemos estas péssimas condições de trabalho.


"Apenas recebemos o mês de Novembro no dia 16 de Dezembro! O dia da cimeira da NATO não nos foi pago e nós não fomos responsáveis pela dita cimeira. A escola fechou. A reunião de avaliação do 1º período, onde todos os docentes têm de estar presentes, foi-nos paga: 10€ para lá estarmos cerca de 2 horas!

Mas o mais grave de tudo isto é que os professores de Inglês ainda não têm manual e o material de desgaste ainda não nos chegou também. Parece que há atrasos na verba que a Câmara devia transferir.

Parece-me que não somos o grupo de professores em que há mais problemas na cidade de Lisboa e sinceramente não posso dizer que estamos descontentes com a entidade que nos contrata. No entanto, é tudo tão pouco claro, tão precariozinho, que por vezes sentimos que a qualidade das nossas aulas reside mesmo na dignidade e no profissionalismo com que trabalhamos. Quando alguma coisa falha ninguém assume responsabilidades. Mas o que mais me choca é que esta falsa distribuição de tarefas entre DREL, CML, Junta de Freguesia, escola e entidade promotora, dá lugar a uma autêntica desunião entre os profissionais envolvidos. Não estamos mais unidos porque o sistema está a minar a capacidade de estes professores juntarem esforços para lutar pelas suas condições de trabalho."

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aparece no próxima reunião, dia 15 de Fevereiro (3ª feira)

Na próxima 3ª feira, dia 15 de Fevereiro, voltamos a encontrar-nos no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa. Nesta reunião vamos falar sobre a situação actual nas AECs e nos vários casos de incumprimento e desrespeito pelos nossos direitos em várias escolas da Grande Lisboa. A ideia é trocar informações e planear acções futuras para denunciar a degradação das condições um pouco por todo o lado. A reunião é aberta a todos os profissionais das AECs e a tua participação é muito importante!


Aparece no dia 15 de Fevereiro, 3ª feira, às 19h
sede do Sindicato dos Profesores da Grande Lisboa
Rua Fialho de Almeida, 3 (metro: São Sebastião)
Aparece e divulga aos teus colegas!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Testemunho: situação mantém-se em Telheiras, Lisboa

Já tínhamos partilhado aqui a situação que nos foi relatada em Telheiras: salários em atraso, inexistência de contrato de trabalho, incumprimento dos pagamentos à Segurança Social, etc. Agora divulgamos mais um testemunho, de uma colega da Escola 121 em Telheiras, que confirma que a situação continua e acusa o Ministério e as entidades autárquicas de nada fazerem. Juntamo-nos a este grito de revolta. Como é possível que as AECs continuem a ser um negócio para alguns, à custa de profissionais das AECs sem direitos e da qualidade na Escola Pública? Como pode o Ministério continuar a fingir que não vê e a Câmara Municipal de Lisboa a desrespeitar a lei, entregando as AECs a empresas de ocasião e sem escrúpulos?


Dinheiro dos Contribuintes em usufruto próprio

Que esta situação é comum em Portugal, infelizmente, já todos o sabemos mas, pior ainda quando o Ministério tem conhecimento do caso e não age! Empresas subcontratadas pelo Estado, Câmaras e Juntas ficam com o dinheiro que devia ser pago aos que trabalham (professores das AEC, neste caso) e não como forma de negócio; abrem e fecham, desaparecem as sedes, o responsável fica incontactável... é esta a situação dos professores de AEC da Escola 121 de Telheiras que tiveram de desistir de lá trabalhar. O certo é que saiem uns e aparecem outros e nada acontece a esta corrupção de valores; será possível os responsáveis das Juntas e Câmaras não verem o que se está a passar debaixo do nariz?!

Cláudia Lopes