quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ministério admite "irregularidades" em Abrantes, mas não responde pelos salários em atraso

O jornal Público noticiou recentemente (ver aqui) a resposta tardia do Ministério da Educação às perguntas da deputada Luísa Mesquita sobre a situação que, no passado, foi revelada nas Actividades de Enriquecimento Curricular em Abrantes. Recordando, algumas de profissionais das AECs foram forçados a demitir-se, depois de vários meses de salários em atraso (ver, por exemplo, esta notícia do jornal Correio da Manhã, na altura). Mais uma vez, uma empresa de ocasião (a "Lúdico Ideias", neste caso) e um negócio à custa da Escola pública e dos direitos laborais.


Ora, o Ministério da Educação, que demorou cerca de um ano e meio a responder à pergunta desta deputada, admite agora que houve um problema no funcionamento das AECs do ano lectivo anterior em Abrantes, mas que ele se deveu à... "falta de técnicos habilitados"! Um eufemismo que calha muito mal e é quase uma ofensa para as milhares de pessoas que continuam a assegurar as AECs em todo o país sem quaisquer direitos.

Este é mais um caso que demonstra bem a forma inaceitável como estão a ser implementadas as AECs. Os colegas de Abrantes, como tantos outros, com falsos recibos verdes e sem direitos, ficaram ainda sem salário vários meses. As crianças ficaram sem as actividades. E a Escola pública continua a perder.

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