A acção pública de hoje em Mafra foi um protesto que levou informação e as exigências dos profissionais das AECs do concelho aos vários responsáveis e actores da comunidade escolar. Já aqui partilhámos um vídeo do protesto, que mostra alguns momentos da acção e onde os professores deixam alertas e reclamam o reconhecimento imediato dos direitos mais básicos.
Deixamos agora aqui também o testemunho de Bruno Rosa, um dos profissional das AECs no concelho de Mafra que organizou a acção de hoje, no qual se percebe o empenho nesta luta e a confinça em mudanças imediatas nas condições de trabalho, dando conta dos vários diálogos que esta mobilização já garantiu. Vale a pena ler o texto na íntegra, clicando em "Ler mais".
Hoje, dia 14 de Junho de 2010 foi levada a cabo a acção de sensibilização para as condições de trabalho dos profissionais responsáveis pelas AEC no Concelho de Mafra, mais concretamente no Agrupamento de Escolas de Mafra. Esta acção, cujo aviso se fez acompanhar de uma carta aberta dirigida às instâncias com responsabilidade na sua implementação, assumiu como principal objectivo a intervenção na realidade local embora não esquecendo – e assinalando! – a precariedade que afecta globalmente todos os profissionais destas actividades por todo o país.
Mais do que a crítica ao que de mal tem sido feito no municipio, foram exigidas responsabilidades em relação à necessária melhoria nos procedimentos futuros, nomeadamente o fim da utilização de falsos recibos verdes e a realização de um contrato de trabalho digno para estes profissionais. Os presentes contactaram directamente com os pais que iam deixar os seus filhos, distribuiram panfletos elaborados para o efeito e ainda explicaram a todos os cidadãos interessados o quão precária é, também em Mafra, a situação destes profissionais que asseguram a denominada “Escola a Tempo Inteiro”.
Esperamos que este dia possa representar um ponto de inflexão no exercício destes profissionais das AEC. Mostrámos que não nos calamos e que lutamos pelos nosso direitos. Mostrámos que temos voz e que esta tem de ser ouvida.
A acção teve uma cobertura mediática consideravelmente positiva. A RCM (Rádio do Concelho de Mafra) fez reportagem em directo, o jornal O Ericeira publicará um texto alusivo, a Antena 1 contactou directamente os intervenientes, o Diário de Noticias também esteve presente e a Agência Lusa quis saber ao pormenor toda a realidade e exigências.
Para fechar o dia, alguns dos profissionais dinamizadores desta acção foram convidados para uma reunião com os três vereadores afectos à secção de Mafra do Partido Socialista. Nesta foram discutidas as diferentes possibilidades de intervenção, assim como assumida a cumplicidade desta secção concelhia relativamente à acção profissional dos responsáveis das AEC. Foi-nos também dito pelos vereadores que estes mesmos entregariam à Ministra da Educação – em mão! – a carta aberta por nós elaborada. Assim tenham engenho para também, a partir de dentro, mudar esta realidade.
O dia foi cansativo, mas chegou ao fim com muita esperança mas também muita vontade de implicar-nos ainda mais nesta luta. No último dia desta semana haverá actividades de portas abertas aos pais e Encarregados de Educação nas diferentes escolas do Agrupamento de Escolas de Mafra. Lá teremos afixada a faixa de protesto sensibizando para a necessidade de aplicação dos direitos devidos e a realização de contrato de trabalho digno para os profissionais das AEC. Nos de Mafra, sim. Mas pensando sempre e também em todos os outros.
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